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PSDB ironiza Dilma por aderir ao 'programa de privatizações'

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, divulgou uma nota para ironizar a presidente Dilma Rousseff pelo pacote de concessões lançado nesta quarta-feira (15).
"O PSDB sempre colocou os interesses dos brasileiros acima dos interesses partidários. Por isso, cumprimenta a presidente Dilma por ter aderido ao programa de privatizações, há anos desenvolvido pelo partido, como um dos caminhos para acelerar os investimentos em infraestrutura", afirma o tucano.
O governo anunciou um pacote para duplicar 5.700 quilômetros de rodovias e construir 10 mil quilômetros de ferrovias, passando ao setor privado concessões estimadas em R$ 133 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Desse total, serão R$ 42 bilhões em investimentos em rodovias e R$ 91 bilhões em ferrovias.
Além dos 5.700 quilômetros de rodovias que serão construídos, outros 1.800 quilômetros de estradas que já foram duplicadas pelo governo serão concedidos para empresas privadas fazerem a manutenção e gestão.
Na nota, o PSDB diz lamentar a demora do governo para tomar a iniciativa. "Porém, reconhecemos que esta mudança de rumo adotada pelo governo significa avanços para o país. Sabemos que a presidente poderá ser cobrada por adotar medidas opostas às que defendeu em sua campanha eleitoral de 2010."
Em discurso, Dilma já havia rebatido as críticas ao dizer que o governo não está se desfazendo de patrimônio público.
"Estamos fazendo parceria com o setor privado para beneficiar a população, para saldar uma dívida de décadas e um atraso nos investimentos, e assegurar o menor custo logístico", afirmou a presidente.
Na avaliação de Dilma, o governo federal considera "essenciais" parcerias com o setor privado para alavancar o crescimento do país..
Após o lançamento do plano, Dilma afirmou a jornalistas que a avaliação de que o programa representa privatizações é "absolutamente falsa".
"É um resgate da participação do investimento privado em ferrovias, mas é também o fortalecimento das estruturas de planejamento e de regulação", afirmou.

Por Folha