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Após Delta, CGU processa cinco empresas contratadas pelo Dnit no Ceará

A Controladoria-Geral da União (CGU) instaurou processos administrativos questionando a idoneidade de cinco empresas suspeitas de praticar atos ilícitos em contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará. Os três processos foram publicados nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União.
Os contratos, firmados com as empresas RNR Consultoria de Engenharia, NBR Engenheiros Consultores, Consultoria de Engenharia HSZ, Construtora G&F, e Maia Melo Engenharia, previam a execução de obras rodoviárias.
De acordo com a CGU, a decisão de instaurar os processos tem por base “fortes indícios de práticas ilícitas” identificadas durante a Operação Mão Dupla, feita em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. O processo corre sob sigilo.
Com base no mesmo inquérito, no dia 12 de junho a CGU declarou a Delta como inidônea. Segundo ele, a Delta pagou propina a cinco servidores responsáveis pela fiscalização de contratos no Ceará, entre 2008 e 2010. A Mão Dupla já vinha investigando a empreiteira suspeita de integrar o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele está preso desde o dia 28 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo.
Segundo a CGU, as empresas terão direito à ampla defesa. Caso sejam declaradas inidôneas, ficarão impedidas de participar de contratos com a administração pública. Se os contratos estiverem andamento, podem ser interrompidos, caso assim decida o gestor contratante.

Por Época