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Fernando Haddad é vaiado durante evento com Dilma em SP

O ministro Fernando Haddad (Educação), pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, foi vaiado nesta quinta-feira durante evento com a presença da presidente Dilma Rousseff na capital paulista.
Eles participaram da celebração de Natal com catadores de lixo e moradores de rua. "Não tenho ideia. Não sei [o que aconteceu]", disse o ministro após o ato.
O evento aconteceu na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, tradicionalmente ligado ao PT.
Durante oito anos de seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da celebração dos catadores. Neste ano, ele não pode comparecer por conta do tratamento contra o câncer na laringe. O último ciclo de quimioterapia foi finalizado no sábado passado.
Lula é o principal cabo eleitoral de Haddad na disputa pela prefeitura. Pesquisa Datafolha divulgada no começo do mês mostra que o ministro petista oscila entre 3% e 4% das intenções de voto. Isso o coloca em sexto ou sétimo lugar na disputa, dependendo do cenário testado pelo instituto.
Durante a apresentação dos catadores, o secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Bruno Covas, pré-candidato do PSDB à prefeitura, foi aplaudido por parte da plateia. Mas, minutos depois, quando foi chamado para assinar um acordo, o tucano ouviu vaias.
Já os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Marta Suplicy (PT-SP) foram os mais aplaudidos, atrás apenas de Dilma.
Além de Haddad, outros ministros participaram do evento, como Alexandre Padilha (Saúde), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aloízio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Maria do Rosário (Direito Humanos) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome).
Conhecido pela atuação entre moradores de rua e adolescentes infratores, o padre Júlio Lancellotti também era um dos presentes.
 
MOVIMENTO ISOLADO
 
Em nota divulgada no final da tarde, o PT municipal de São Paulo afirmou que a vaia dirigida a Haddad foi um movimento isolado. O partido ainda disse que elas foram feitas por um grupo de pessoas que acompanhavam Bruno Covas.
"Essa foi mais uma tentativa desesperada de alguém que ainda não conseguiu sair como candidato em seu partido."

Por Folha