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Corpo de Quércia chega ao Palácio dos Bandeirantes para ser velado

O corpo do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) chegou às 13h50 ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para ser velado no hall principal.
A cerimônia é aberta ao público. O enterro está previsto para as 9h deste sábado, no Cemitério do Morumbi.
O caixão foi recebido por Luiz Antonio Marrey, atual secretário da Casa Civil, e coberto pela bandeira do Estado de São Paulo. Já estão no local a família de Quércia, o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), a vice-prefeita Alda Marco Antônio (PMDB), além de aliados políticos.
Quércia morreu às 7h40 desta sexta-feira, aos 72 anos, vítima de um câncer na próstata. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 18 de novembro.
Ele desistiu de concorrer ao Senado nas eleições de outubro por causa da doença. Durante o período eleitoral, passou 36 dias internado. Teve alta no dia 6 de outubro, um mês após renunciar à candidatura para senador.
Ao desistir de concorrer a senador, Quércia beneficiou Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), tucano que começou mal nas pesquisas e acabou sendo eleito para a primeira vaga paulista --a segunda ficou com Marta Suplicy (PT).
Com o peemedebista fora da disputa, Aloysio viu seu espaço na TV crescer para 5min29s --disparado o maior entre os candidatos.
Em nota divulgada à imprensa, logo após a desistência, Quércia pediu votos ao tucano. Sua filha Andreia apareceu diversas vezes no horário eleitoral para declarar o apoio da família ao aliado.
Em pesquisa Datafolha do começo de setembro, Quércia tinha 26% nas intenções de voto para o Senado, tecnicamente empatado no segundo lugar com Netinho (PC do B).
Aloysio, na ocasião, estava em quinto lugar, com 12%.

BIOGRAFIA

Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador, deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991.
Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002